O Governo português reiterou o apelo para que os ativistas permaneçam em águas internacionais, alertando para "riscos muito sérios".

A Flotilha Global Sumud, composta por mais de 50 embarcações, tem como objetivo quebrar o cerco marítimo a Gaza.

A Marinha israelita já declarou estar pronta para intercetar a frota, planeando transferir os ativistas para um navio militar e rebocar as embarcações para o porto de Ashdod.

A tensão aumentou com acusações por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, que alega ter provas de uma ligação direta entre o Hamas e a liderança da flotilha.

Os participantes portugueses, incluindo a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte, reagiram a estas acusações, classificando-as como "propaganda" destinada a justificar uma "interceção violenta ou ataque".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, enviou uma comunicação aos ativistas, reforçando o apelo para que não saiam de águas internacionais. Também a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, pediu a suspensão da missão, temendo que se torne um "pretexto" para uma ação hostil que inviabilize a proposta de paz para a região. Um navio da Marinha italiana que acompanhava a flotilha ofereceu-se para embarcar quem desejasse desembarcar antes de atingir a zona de interceção.