José António Teles Pereira apresentou a sua renúncia, seguindo a decisão do vice-presidente, Gonçalo Almeida Ribeiro, que havia renunciado ao cargo na semana anterior.
Ambos os magistrados já tinham ultrapassado a duração do seu mandato de nove anos.
Em substituição de Almeida Ribeiro, o plenário do TC elegeu o juiz conselheiro João Carlos Loureiro como novo vice-presidente.
Estas saídas ocorrem num momento em que a Assembleia da República já adiou por duas vezes a eleição de três novos juízes para o TC, cujos mandatos também já terminaram.
O comentador Luís Rosa analisa as renúncias como uma "forma de protesto", sugerindo que a situação reflete um mal-estar institucional. A renovação dos juízes do TC requer uma maioria de dois terços no Parlamento, o que exige um acordo entre os principais partidos. A dificuldade em alcançar este consenso tem levado à permanência de juízes em funções para além do tempo legalmente previsto, uma situação que agora parece estar a causar uma crise interna no órgão máximo de fiscalização da constitucionalidade em Portugal.














