A notícia foi anunciada pelo Instituto Jane Goodall, que destacou o seu trabalho "incansável" pelo planeta e as suas descobertas que "revolucionaram a ciência".
Nascida em Londres em 1934, Goodall dedicou a sua vida ao estudo dos chimpanzés e à defesa dos animais e do ambiente, tornando-se uma das figuras mais influentes na conservação da natureza.
O seu trabalho pioneiro na década de 1960, na floresta de Gombe, na Tanzânia, alterou a percepção mundial sobre os primatas e a relação entre humanos e animais. As suas investigações revelaram que os chimpanzés exibem comportamentos complexos, como a construção de ferramentas e a existência de laços sociais e emoções semelhantes às humanas.
Numa entrevista, Goodall explicou: "Fiquei maravilhada ao ver como eram parecidos connosco, o quanto eu conseguia percebê-los mesmo sem saber nada sobre chimpanzés, porque beijar, abraçar, dar as mãos, acariciar… são as mesmas coisas que nós fazemos".
A sua paixão pelos animais começou na infância, com o sonho de ir para África, um objetivo que concretizou aos 26 anos.
Em 2002, foi nomeada Mensageira da Paz das Nações Unidas, um reconhecimento do seu impacto global.
A ONU lamentou a sua morte, descrevendo-a como "pioneira, defensora do nosso planeta e boa ancestral".
A sua vida e legado continuam a inspirar gerações de cientistas e ativistas em todo o mundo.














