Apresentado como "o desejado" pelo apresentador Manuel Luís Goucha, Passos Coelho assumiu-se como um "amuleto" para a candidata e deixou recados sobre a vida interna dos partidos.
Apesar de frisar estar "fora da vida política ativa", a sua presença no concelho onde foi candidato há 28 anos foi carregada de simbolismo. No seu discurso, Passos Coelho elogiou a persistência de Suzana Garcia e deixou uma mensagem que foi interpretada como um recado para a atualidade política e partidária: quem "varre e enxota" aqueles de quem não gosta, acaba "numa trincheira estreita e pequenina". Esta declaração foi vista como uma referência à sua própria experiência no PSD e à necessidade de inclusão e diálogo dentro das estruturas partidárias.
O antigo líder social-democrata afirmou que "as pessoas só respeitam os políticos que querem alguma coisa", sublinhando a importância da determinação na política.
Questionado sobre um eventual apoio a Marques Mendes numa futura corrida presidencial, Passos Coelho afirmou não sentir essa "obrigação" no momento, mas admitiu que "o futuro dirá" se será necessário intervir.
A sua aparição foi um dos momentos mais comentados do dia na campanha autárquica, demonstrando a influência que ainda detém no espaço político do centro-direita.














