Os principais obstáculos identificados para o não recurso à terapia são o custo e a perceção de que esta pode ser ineficaz. As principais preocupações que contribuem para este estado de esgotamento são de natureza diversa, com as questões financeiras a liderarem a lista, seguidas pelo stress no trabalho e pela solidão.

Estes dados pintam um quadro de uma população sob forte pressão, onde a saúde mental é uma preocupação crescente, mas o acesso ou a adesão a cuidados especializados continua a ser uma barreira significativa para a grande maioria. A discrepância entre a alta percentagem de pessoas a sofrer de esgotamento e a baixa taxa de procura de tratamento evidencia uma lacuna crítica no sistema de saúde e na literacia em saúde mental em Portugal.