O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, sublinhou a necessidade de uma "paz através da força", uma doutrina associada ao Presidente Donald Trump, e confirmou que metade dos aliados já aderiu ao programa que substitui o apoio militar direto dos EUA.

Neste novo modelo, a Europa assume uma maior responsabilidade financeira, adquirindo equipamento militar de produção americana para apoiar o esforço de guerra ucraniano. O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que Portugal participará na iniciativa com um contributo de 50 milhões de euros, valor que já estaria incluído no compromisso total de 221 milhões de euros para este ano. Adicionalmente, Portugal investirá 10 milhões de euros numa iniciativa britânica para a produção de drones. A mudança de estratégia reflete uma reconfiguração do apoio à Ucrânia, onde os EUA passam de fornecedores diretos a promotores de vendas da sua indústria de defesa, com os custos a serem suportados pelos parceiros europeus.

Comentadores analisam esta nova dinâmica como a transformação da Europa numa "muleta permanente dos EUA", que pagará pela "força" americana, o que poderá ter custos políticos e sociais no continente, potencialmente beneficiando a extrema-direita.