Este inquérito teve origem numa queixa do Ministério Público após uma decisão de Ivo Rosa, tomada três meses depois da instrução da Operação Marquês, na qual levantou o arresto das contas bancárias de uma empresa controlada por Isabel dos Santos.

A particularidade desta decisão foi o facto de o juiz ter insistido em mantê-la, sobrepondo-se a deliberações de outros magistrados. O caso cruzou-se com uma investigação disciplinar que também foi arquivada, por proposta de um membro do Conselho Superior da Magistratura indicado pelo PS. O advogado de Ivo Rosa, Rogério Alves, afirma que "não há fundamento jurídico nenhum para manter em segredo" os processos contra o seu cliente, reforçando a queixa do juiz de que nunca foi formalmente notificado e que lhe tem sido negado o acesso aos autos, o que levanta questões sobre a transparência e a condução destes processos.