Os principais candidatos já começaram a posicionar-se e a trocar acusações, com André Ventura e o Almirante Gouveia e Melo a emergirem como protagonistas centrais neste início de disputa.

As autárquicas serviram de barómetro, confirmando a AD como a principal força política local, mas também mostrando uma "recuperação eleitoral extraordinária" do PS, como analisou Sérgio Sousa Pinto, e um resultado do Chega abaixo das expectativas do seu líder.

Com este cenário, a corrida a Belém acelerou.

André Ventura, na sua primeira entrevista como candidato, elegeu Gouveia e Melo como o seu principal adversário, rotulando-o de "candidato do PS" e da "área socialista". Descreveu-o como "medroso, hesitante e incapaz de tomar uma posição sobre os assuntos do país", desafiando-o a clarificar a sua posição sobre a imigração.

Em resposta, Gouveia e Melo rejeitou entrar em "politiquice", afirmando não estar "numas segundas legislativas" e reforçando o caráter independente da sua candidatura, sem se preocupar com os adversários.

Entretanto, o candidato António José Seguro tem vindo a reunir apoios de quadrantes diversos, incluindo figuras ligadas à direita e a Pedro Passos Coelho, o que adiciona mais uma camada de complexidade ao cenário, enquanto António Filipe, apoiado pelo PCP, apela à convergência da esquerda em torno da sua candidatura.