A decisão, proposta pelo secretário-geral José Luís Carneiro e pelo presidente do partido Carlos César, foi acolhida com apenas duas abstenções e nenhum voto contra, sinalizando uma união em torno do antigo líder.

José Luís Carneiro justificou a proposta sublinhando que António José Seguro "tem provas dadas, no serviço aos valores democráticos e aos valores constitucionais", considerando-o o candidato que melhor representa o "socialismo democrático num tempo especialmente exigente". A decisão surge quatro meses após o anúncio da candidatura de Seguro, um compasso de espera que Carneiro justificou ao afirmar que "é o PS e só o PS que determina o tempo político das suas decisões". Por sua vez, Carlos César procurou afastar a ideia de divisões internas, declarando que o partido "não está nada dividido" e que o apoio formal "esgota a participação" do PS no processo. No entanto, ressalvou que a decisão não coarta a liberdade individual dos militantes, uma vez que as eleições são "um ato de liberdade". O próprio candidato, António José Seguro, já tinha reiterado que a sua é uma "candidatura aberta", defendendo que um Presidente da República deve posicionar-se "acima dos partidos".

A aprovação foi recebida com aplausos na reunião do partido, consolidando a posição de Seguro como o candidato da área socialista na corrida a Belém.