A proposta surge num contexto de intensas movimentações diplomáticas para encontrar uma solução para a guerra, apesar das posições aparentemente antagónicas.

A possibilidade de uma cimeira tripartida ganhou força após a reunião entre Trump e Zelensky na Casa Branca, descrita pelo líder ucraniano como "produtiva e abrangente".

Segundo relatos, Trump terá recebido de Putin um novo "mapa da paz", que alegadamente instava Zelensky a ceder território à Rússia, uma proposta que a Ucrânia tem consistentemente rejeitado. Apesar disso, Zelensky justificou a sua abertura ao diálogo, afirmando numa entrevista à ABC que "se realmente quisermos ter uma paz justa e duradoura, precisamos das duas partes desta tragédia".

No entanto, o presidente ucraniano também endureceu o seu discurso, comparando Putin ao Hamas e reiterando o pedido de mísseis Tomahawk aos EUA, um pedido que Trump terá recusado.

A escolha de Budapeste como local para o potencial encontro é vista com apreensão por vários analistas europeus.

O comentador Paulo Portas classificou a decisão como "um tabefe violento à Europa", argumentando que a Hungria funciona como a "quinta coluna da Rússia de Putin dentro do Conselho Europeu", o que poderia marginalizar a União Europeia das negociações de paz.