O ministro da Educação, no entanto, rejeita uma ligação direta entre esta dívida e atrasos no pagamento das bolsas de estudo.

Dados compilados de 14 instituições públicas mostram um acumulado de dívidas significativo, com o ISCTE a ser uma das universidades com maior valor por pagar.

As instituições apontam várias causas para o incumprimento, incluindo as dificuldades económicas das famílias, o elevado custo do alojamento para estudantes deslocados e o abandono escolar.

Nos últimos três anos, foram recuperados mais de 16 milhões de euros e remetidas 3.653 certidões de dívida para cobrança coerciva através da Autoridade Tributária.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, considera o tema das propinas um “assunto encerrado”, apesar da contestação estudantil.

O Governo decidiu descongelar o valor máximo das propinas a partir do ano letivo de 2026/2027, que passará de 697 para 710 euros.

Fernando Alexandre defende que o foco deve estar no reforço da ação social, afirmando: “Não consigo perceber como é que os estudantes não lutam por aquilo que verdadeiramente importa, que é a ação social”. O ministro nega que os atrasos no pagamento das bolsas tenham relação com as dívidas, assegurando que “há um processo de pagamento das bolsas que tem vindo a melhorar” ao longo dos anos.