A decisão do PS, embora esperada, gerou reações que refletem as complexas dinâmicas políticas em jogo.
António José Seguro declarou-se “honrado” com o apoio do partido que liderou, mas fez questão de sublinhar o caráter “suprapartidário” e independente da sua candidatura, afirmando: “Não pergunto às pessoas de onde é que vêm, pergunto para onde querem ir”. A posição do antigo presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, que anteriormente considerara que Seguro não cumpria os “requisitos mínimos”, mudou para uma aceitação “com toda a naturalidade”.
Por sua vez, Luís Marques Mendes, candidato apoiado pelo PSD, desvalorizou a falta de apoio de Pedro Passos Coelho e centrou as suas críticas no almirante Gouveia e Melo, acusando-o de se ter “viciado em politiquice”. Mendes aproveitou também para se posicionar sobre temas da atualidade, considerando a política de imigração dos últimos anos “uma calamidade” e a iniciativa da flotilha humanitária “muito de hipocrisia”.
O almirante Henrique Gouveia e Melo, por seu lado, afirmou que aceitaria o apoio de partidos numa eventual segunda volta, garantindo que isso não o tornaria “refém”.
Respondeu às acusações de André Ventura sobre imigração, considerando-as uma “manobra política” para o pintar “com cores de esquerda”. No campo da esquerda, o Livre deliberou a realização de um debate urgente e deverá avançar com uma candidatura própria, indicando que não pretende “faltar à chamada” nas eleições de janeiro.














