Os dados indicam um estilo de vida com despesas elevadas, que o próprio admitiu serem "exageradas".
Em tribunal, a gestora de conta da Caixa Geral de Depósitos revelou que Sócrates chegou a ter despesas mensais na ordem dos 15 mil euros e que, em 2014, gastou 75 mil euros em apenas três meses para suportar a sua "instalação" em Paris.
Para cobrir estes gastos, o ex-governante recorreu a três empréstimos simultâneos na CGD nesse mesmo ano.
Uma escuta telefónica de 2014, divulgada durante a sessão, captou José Sócrates a queixar-se à sua gestora de conta sobre o valor de 40 mil euros que tinha a pagar de IRS, afirmando: "Acho que realmente o Estado nos rouba".
O antigo primeiro-ministro, que pediu para ser dispensado das sessões do julgamento, não esteve presente para ouvir estes testemunhos.
A sessão que previa ouvir depoimentos de amigas próximas de Sócrates foi adiada por uma falha na notificação por parte do tribunal. Estas revelações continuam a adensar o processo judicial que investiga crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.














