A aproximação da mudança para o horário de inverno, agendada para o próximo domingo, 26 de outubro, reavivou o debate em Portugal e na Europa sobre a manutenção da alteração bianual da hora. As discussões centram-se agora menos na poupança de energia e mais nas potenciais implicações para a saúde humana. Especialistas e artigos de opinião questionam a validade contínua desta prática, argumentando que os benefícios energéticos são marginais na atualidade, enquanto os custos para a saúde podem ser significativos.
A principal preocupação é o desfasamento entre o relógio biológico (ritmo circadiano) e o ritmo solar, que pode afetar o sono, o humor e o bem-estar geral.
Vários autores defendem o fim desta "fantochada", propondo a adoção de um horário fixo ao longo do ano.
A comunidade científica, no entanto, divide-se sobre qual seria o melhor fuso horário a adotar, com alguns a defenderem a hora de inverno (mais próxima da "hora natural") e outros a preferirem a de verão.
O tema continua em discussão no Parlamento Europeu, mas uma decisão final parece depender da vontade política dos Estados-membros, que até agora não chegaram a um consenso. Em Espanha, o governo propôs formalmente à União Europeia o fim definitivo da mudança de hora, o que poderá aumentar a pressão para uma decisão a nível comunitário.
Em resumoA mudança para a hora de inverno reacendeu o debate sobre a abolição da alteração sazonal do relógio. Os argumentos focam-se nos impactos negativos para a saúde, como a perturbação do ritmo circadiano, e na pouca relevância da poupança energética. A decisão final continua pendente de um consenso entre os Estados-membros da União Europeia.