O Governo decretou dois dias de luto nacional, a 22 e 23 de outubro, em homenagem ao seu vasto legado.

A morte do militante número um do PSD uniu o espectro político em tributo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou-o como um “visionário, pioneiro e criativo muito determinado e batalhador”, enquanto o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o descreveu como um homem que “fica para sempre na história de Portugal”. Figuras de todos os quadrantes, desde António Costa a Pedro Passos Coelho e Ramalho Eanes, destacaram o seu papel central na consolidação da democracia, nomeadamente através da revisão constitucional de 1982, que pôs fim à tutela militar, e da sua luta pela liberdade de imprensa.

Balsemão foi o fundador do jornal ‘Expresso’ em 1973, ainda durante a ditadura, e da SIC, a primeira estação de televisão privada do país, em 1992.

O seu percurso é lembrado como o de um “cavalheiro da democracia” e um “defensor intransigente da liberdade”.

Vários amigos e colaboradores, como Ricardo Araújo Pereira, recordaram que Balsemão protegia os criadores de constrangimentos, afirmando que nunca sentiu “qualquer tipo de censura ou interferência”.

O velório, realizado no Mosteiro dos Jerónimos, juntou políticos, jornalistas, figuras da televisão e populares, refletindo a unanimidade em torno do seu impacto no país.

Os seus filhos, numa carta aos colaboradores do grupo Impresa, afirmaram que o seu legado “somos todos nós”.