O debate entre os seis candidatos à presidência do Benfica foi palco de intensas trocas de acusações, focadas principalmente na gestão financeira e desportiva do clube. A discussão evidenciou as profundas divergências entre a atual direção de Rui Costa, a anterior de Luís Filipe Vieira e a lista de oposição de João Noronha Lopes, sendo a continuidade do treinador José Mourinho um dos raros pontos de convergência. As finanças foram um dos temas mais quentes, com Luís Filipe Vieira a atacar diretamente a gestão de Rui Costa, afirmando: «Investiram e colocaram dinheiro em coisas más».
Em resposta, Rui Costa defendeu a solidez financeira do clube, garantindo que o Benfica é «claramente o clube português com melhor situação financeira». A venda do jogador João Neves e a política de formação também geraram discórdia, com Noronha Lopes a criticar a capacidade do clube em reter os seus talentos.
Rui Costa, por sua vez, questionou a experiência da equipa de Noronha Lopes e recordou o seu curto período como dirigente, referindo que este detém «o recorde das pessoas que saíram do Benfica, 58 dias». Um momento insólito marcou o debate quando Noronha Lopes apresentou uma ata sobre a construção do Estádio da Luz, que Luís Filipe Vieira prontamente desvalorizou, afirmando que estava «toda rasurada».
No meio da discórdia, a permanência de José Mourinho foi unânime entre os candidatos, com Vieira a propor a sua continuidade por quatro anos, ao longo de todo o mandato.
Em resumoO único debate a seis para a presidência do Benfica revelou um clima de forte tensão e visões distintas sobre o futuro do clube, especialmente nas áreas financeira e desportiva. As críticas cruzadas entre Rui Costa, Luís Filipe Vieira e João Noronha Lopes dominaram a noite, contrastando com o consenso geral em torno da importância de manter José Mourinho como treinador.