As reações foram transversais, desde queixas no Ministério Público a condenações por parte de vários quadrantes políticos.
Os cartazes, com frases como “Os ciganos têm de cumprir a lei” e “Isto não é o Bangladesh”, motivaram uma queixa formal de oito associações ciganas junto do Ministério Público, que ponderam também uma providência cautelar para a sua remoção.
A comunidade do Bangladesh em Portugal manifestou-se igualmente indignada, afirmando que “este racismo não existia em Portugal”.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, apelou à intervenção das “autoridades competentes” para sancionar mensagens que “estimulam o ódio”. A polémica subiu de tom durante o debate do Orçamento do Estado, quando Ventura afirmou que “eram precisos três Salazares para pôr isto na ordem”. A declaração provocou uma resposta contundente do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que declarou: “A ditadura não combate a corrupção, a ditadura é ela própria a corrupção”, uma intervenção aplaudida por deputados de várias bancadas, incluindo do PS.
Outros candidatos presidenciais, como Henrique Gouveia e Melo e Marques Mendes, também condenaram veementemente as palavras do líder do Chega, com Gouveia e Melo a comparar a sua retórica ao “sistema hitleriano”.









