A Rússia anunciou o teste bem-sucedido do míssil de cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik, conhecido no Ocidente como Skyfall, gerando preocupação e uma resposta crítica de Donald Trump. O anúncio é visto por analistas como uma demonstração de força e propaganda por parte de Moscovo, num contexto de crescente tensão geopolítica. Vladimir Putin apresentou a arma como uma “criação única no mundo”, com um alcance “ilimitado” e capacidade de atingir “qualquer capital europeia ou americana à discrição”.
A reação do Presidente dos EUA, Donald Trump, foi imediata, considerando o teste “inoportuno” e instando Putin a focar-se em terminar a guerra na Ucrânia.
O Kremlin justificou a ação como uma resposta ao “militarismo europeu” e à “russofobia”.
No entanto, vários comentadores e especialistas militares mostraram-se céticos, descrevendo o míssil como “propaganda” e um “Chernobyl voador”, baseado em “tecnologia dos anos 60”.
O major-general Arnaut Moreira afirmou que “a arma mais poderosa que a Federação Russa tem neste momento é a propaganda”.
A tensão foi agravada pela decisão de Putin de romper um acordo nuclear com os EUA sobre o reprocessamento de plutónio, um sinal adicional do colapso das estruturas de controlo de armamento entre as duas potências.
Em resumoO teste do míssil nuclear russo Skyfall intensificou as tensões geopolíticas, sendo interpretado como um ato de propaganda de Moscovo. Apesar das alegações de invencibilidade por parte de Putin, a ação foi condenada pelos EUA e vista com ceticismo por analistas, que questionam a sua viabilidade tecnológica e a consideram mais uma manobra de intimidação do que uma ameaça militar credível.