A lancha dos alegados traficantes foi encontrada incendiada nas margens do rio, mas os seus ocupantes conseguiram fugir, dando início a uma operação de busca conjunta entre as autoridades portuguesas e espanholas.

Horas após a tragédia, foram detidos dois suspeitos de nacionalidade espanhola quando tentavam atravessar a fronteira em Vila Real de Santo António, estando já referenciados por tráfico de droga em Espanha.

A morte do militar gerou uma onda de consternação, com o Presidente da República, o Primeiro-Ministro e a Ministra da Administração Interna a lamentarem o sucedido e a garantirem que todos os esforços seriam feitos para levar os responsáveis à justiça. O acontecimento teve também consequências políticas imediatas: o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, na manhã seguinte, o diploma que criminaliza a posse e utilização de embarcações de alta velocidade sem a devida autorização, uma medida que visa dotar as autoridades de mais ferramentas para combater as redes de narcotráfico que utilizam a costa algarvia e o rio Guadiana como porta de entrada para a Europa.