A votação confirmou o cenário político antecipado, com PSD e CDS-PP a votarem a favor, enquanto Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP e Livre votaram contra.

O PAN e o JPP juntaram-se ao PS na abstenção.

Durante o debate, o Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças, Miranda Sarmento, sublinharam a importância da estabilidade e alertaram que a margem para alterações na especialidade é “muito curta”, apelando à responsabilidade dos partidos.

O líder do PS, José Luís Carneiro, justificou a abstenção como uma forma de não dar “desculpas” ao Governo para um eventual falhanço na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas avisou que este apoio tem um “prazo de validade de um ano”. O Chega, que manteve a sua posição em segredo até ao último momento, votou contra, com André Ventura a assumir-se como líder da oposição e a criticar o que considera ser um orçamento sem diferenças face aos anteriores do PS, nomeadamente na carga fiscal. A aprovação na generalidade abre agora caminho para a discussão na especialidade, onde se antecipam novos embates políticos, nomeadamente em temas como o aumento das pensões e a legislação laboral.