Entretanto, o cenário político fragmenta-se com novas candidaturas e declarações de apoio que desafiam as linhas partidárias. Uma sondagem da Aximage revela que Gouveia e Melo lidera com 19,5% das intenções de voto, seguido de perto por Marques Mendes e Ventura, ambos com 19,2%.

O socialista António José Seguro surge em quarto lugar com 15,7%.

Uma novidade destacada é a “forte queda” de Gouveia e Melo, que liderava sondagens anteriores com maior margem.

No entanto, a mesma sondagem indica que, num cenário de segunda volta, o almirante venceria contra qualquer um dos seus principais rivais.

O campo socialista mostra-se dividido: apesar de a Comissão Nacional do PS ter aprovado o apoio formal a Seguro, o secretário-geral José Luís Carneiro salvaguardou a “liberdade” dos dirigentes para apoiarem outros candidatos.

Exemplo disso é o ex-ministro da Saúde socialista, Manuel Pizarro, que declarou o seu apoio a Gouveia e Melo, considerando-o a “pessoa mais bem qualificada”.

Por outro lado, surgiram novas candidaturas, como as de Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto. Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto e mandatário da candidatura de Marques Mendes, admitiu que o avanço de Cotrim o levou a não se candidatar, elogiando Marques Mendes como o único que “respeita a separação de poderes”.

André Ventura, por sua vez, foi criticado em artigos de opinião por invocar Salazar, uma estratégia que, embora possa gerar ganhos mediáticos, o afasta do seu objetivo final.