A sua permanência no Governo é agora vista como temporária, dependendo da aprovação de diplomas considerados essenciais pelo executivo.

A contestação à ministra intensificou-se após a morte de uma grávida e do seu bebé no Hospital Amadora-Sintra.

As declarações iniciais de Ana Paula Martins sobre o caso, que se revelaram incorretas e foram posteriormente corrigidas, geraram forte indignação e levaram a família da vítima a anunciar uma queixa-crime por difamação.

Este episódio somou-se a uma série de outras polémicas que têm marcado o seu mandato, incluindo problemas no INEM e a crise nas urgências.

A oposição tem sido contundente, com figuras como a ex-ministra da Saúde Ana Jorge a questionar se Ana Paula Martins "tem condições para se prolongar muito mais tempo" no cargo, e Catarina Martins a acusá-la de insensibilidade.

No entanto, a ministra também recebeu apoios dentro do Governo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, expressou a sua "total solidariedade", descrevendo-a como uma "excelente ministra" e argumentando que "só sofre ataques quem está a mudar o sistema". Apesar da confiança publicamente reafirmada por Luís Montenegro, fontes do executivo admitem que a ministra está "cansada" e que a sua reavaliação poderá ocorrer em dezembro, tornando-a numa "ministra a prazo".