O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou a sua "frustração" face aos números da pobreza em Portugal, que afetam mais de dois milhões de pessoas. Durante uma visita ao Banco Alimentar Contra a Fome em Lisboa, o Chefe de Estado prometeu tornar-se voluntário na instituição no próximo ano, mesmo depois de deixar o Palácio de Belém. Marcelo Rebelo de Sousa descreveu a pobreza como um problema estrutural com mais de 50 anos, agravado por crises internacionais, a pandemia e o envelhecimento da população.
Salientou, no entanto, que o fenómeno é parcialmente mitigado pela imigração jovem, que contribui para a natalidade. A visita ocorreu no dia em que arrancou a campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar, uma iniciativa que envolve mais de 42 mil voluntários em cerca de 2.000 lojas por todo o país.
O Presidente da República fez o seu donativo e agradeceu à Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome pelos "muitos, muitos, muitos anos de serviço ao país". A presidente da federação, por sua vez, agradeceu a persistência do Chefe de Estado na mobilização para a luta contra a pobreza.
A ação solidária visa recolher bens alimentares para distribuir por quem mais necessita, contando com uma vasta rede de apoio em todo o território nacional.
Em resumoNuma visita ao Banco Alimentar, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se frustrado com a persistência da pobreza em Portugal. Anunciou que será voluntário da instituição no próximo ano e destacou a pobreza como um problema estrutural, elogiando o trabalho da organização.