Apesar das visões opostas, o encontro revelou um raro momento de concordância e foi pautado por rigor argumentativo.
O debate, descrito como uma "batalha ideológica", colocou frente a frente o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal e o candidato apoiado pela CDU.
As trocas de acusações foram uma constante, com Cotrim de Figueiredo a acusar António Filipe de defender "ideias bafientas do século XIX", enquanto o candidato comunista criticava o "apoio quase entusiástico" do liberal às alterações na legislação laboral propostas pelo Governo.
Os temas da Saúde e dos salários dominaram a discussão.
Cotrim de Figueiredo defendeu que se "alinhem os incentivos" no SNS, citando um estudo da OCDE que aponta para um desperdício de 20% nos gastos, enquanto António Filipe advogou pelo afastamento de "políticas neoliberais" e citou que 2,5 milhões de trabalhadores não levam 1000€ líquidos para casa.
Apesar do antagonismo, os candidatos surpreenderam-se ao concordar na necessidade de "mais emprego e mais salários".
Ambos se mostraram também contra o serviço militar obrigatório.
O debate foi visto pelos analistas como um confronto de argumentos em que ambos os candidatos procuraram solidificar as suas bases eleitorais, sem grande esforço para conquistar o eleitorado adversário.














