O caso gerou indignação e um debate aceso sobre as falhas nas políticas migratórias e a "escravatura dos tempos modernos" em Portugal.
A operação, que decorreu em Beja, levou à constituição de 17 arguidos, incluindo militares da GNR e um agente da PSP, suspeitos de encobrir a rede e de abusos. Após serem presentes a juiz, três dos arguidos civis ficaram em prisão preventiva, enquanto todos os elementos das forças de segurança saíram em liberdade.
O caso chocou a opinião pública, com a comentadora Alexandra Leitão a classificar a situação como "repugnante" e uma "forma de escravatura dos tempos modernos", questionando "como vivemos bem quando isto acontece debaixo dos nossos olhos".
José Pacheco Pereira foi mais longe, criticando os governos dos últimos anos por terem "fechado os olhos" a um problema conhecido e sugerindo que se fizesse "uma razia policial por toda a região do Alentejo".
O caso também teve repercussões políticas, com o comentador Pedro Duarte a defender que a operação "expôs uma falha na nossa política migratória" e a necessidade de uma "imigração regularizada e de ter controlo e critério nas entradas". Reportagens no terreno após a operação indicam que pouco ou nada mudou, com as condições de vida precárias dos trabalhadores a manterem-se.














