O frente a frente foi marcado por apelos ao voto útil, divergências sobre a legislação laboral e o papel do Presidente da República perante uma eventual revisão constitucional.

António José Seguro, antigo líder do PS, apelou à "convergência" e ao "voto útil à esquerda" na primeira volta, posicionando-se como o candidato capaz de unir este espetro político.

Em contrapartida, Jorge Pinto assegurou que irá "até ao fim" na corrida presidencial e não desistirá.

Um dos principais pontos de discórdia foi a potencial dissolução do parlamento caso seja aprovada uma revisão constitucional apenas pela direita, uma medida admitida por Pinto mas que Seguro considerou "irresponsável". Ambos os candidatos manifestaram oposição ao pacote laboral do Governo, com Seguro a admitir uma "clara inclinação" para não aceitar o diploma caso seja eleito.

O debate também incluiu ataques ao passado político de Seguro, com Jorge Pinto a recordar a sua "abstenção violenta" enquanto líder socialista, acusando-o de "passividade".

Seguro defendeu-se, evocando o "período muito difícil" que o país atravessava.

Apesar das críticas e divergências, os dois candidatos declararam não ser inimigos, focando as suas críticas noutros quadrantes políticos.