A crise diplomática, justificada por Washington com o combate ao narcotráfico, está a gerar instabilidade e a afetar diretamente a comunidade portuguesa residente no país sul-americano.
Donald Trump reuniu o seu conselho de segurança nacional para discutir a relação com a Venezuela e, segundo relatos, terá contactado Nicolás Maduro com a proposta de um exílio seguro para si e para a sua família, caso cedesse o poder, oferta que foi recusada. O próprio Trump confirmou um telefonema com Maduro, descrevendo-o como inconclusivo.
Oficialmente, a pressão norte-americana prende-se com operações contra o tráfico de droga, tendo Trump afirmado que as Forças Armadas dos EUA começarão em breve a deter traficantes venezuelanos.
No entanto, analistas como o professor José Francisco Pavia consideram que o combate ao narcotráfico é "apenas um pretexto" para uma ação política.
A escalada de tensão tem consequências diretas para a comunidade luso-venezuelana, com o cancelamento de festividades natalícias e a suspensão de voos. O candidato presidencial João Cotrim de Figueiredo manifestou a sua preocupação pela situação dos "mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes na Venezuela".
Em resposta, o governo venezuelano apelou à Organização da Aviação Civil Internacional para que condene os EUA por violação da sua soberania.














