O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi submetido com sucesso a uma cirurgia de urgência a uma hérnia encarcerada, no Hospital de São João, no Porto. A intervenção cirúrgica, que decorreu na noite de segunda-feira, obrigou a uma reavaliação da sua agenda, resultando no adiamento de compromissos oficiais, incluindo visitas de Estado a Espanha e ao Vaticano. O chefe de Estado sentiu-se indisposto quando regressava de Amarante, tendo sido encaminhado para a unidade hospitalar portuense. A equipa médica confirmou a necessidade de uma intervenção cirúrgica de urgência a uma hérnia encarcerada, que, segundo os especialistas, poderia ter tido um desfecho mais grave se não fosse tratada atempadamente. A cirurgia, que durou cerca de uma hora e meia, decorreu sem complicações.
O pós-operatório está a evoluir favoravelmente, com o Presidente a ser descrito como "acordado e bem disposto".
A alta hospitalar está prevista para a manhã de quarta-feira, seguindo-se um período de repouso recomendado de duas a quatro semanas.
Apesar da recuperação, o chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, assegurou que Marcelo Rebelo de Sousa "continuará a exercer funções plenamente", afastando a necessidade da sua substituição temporária pelo Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. O próprio Aguiar-Branco, após visitar o Presidente, confirmou-o, afirmando que "os portugueses podem estar descansados, não terão o presidente da Assembleia da República como Presidente da República".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, também visitou o chefe de Estado, levando-lhe "um abraço do povo português".
Várias figuras políticas e candidatos presidenciais expressaram votos de rápidas melhoras.
Em resumoMarcelo Rebelo de Sousa recupera favoravelmente de uma cirurgia de urgência a uma hérnia, com alta prevista para breve. A sua agenda oficial foi adiada, mas a sua substituição temporária no cargo foi afastada, tendo recebido visitas e votos de melhoras de diversas figuras políticas.