Embora descrita como "útil" e "construtiva" por Moscovo, a presidência russa admitiu que "não se está mais perto de resolver a crise na Ucrânia", sublinhando que as questões territoriais continuam a ser um obstáculo. O encontro contou com a presença dos enviados especiais norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, que se deslocaram a Moscovo para discutir o plano de paz proposto por Washington.

Antes da reunião, os enviados foram vistos a passear no centro de Moscovo.

Apesar da longa duração das conversações, não foi alcançado qualquer "compromisso" sobre os territórios ucranianos ocupados pela Rússia.

O Kremlin, no entanto, mencionou que foi feito trabalho preparatório para futuras etapas de negociação.

A iniciativa diplomática dos EUA ocorre num momento em que, segundo analistas, a Europa parece ter "fechado a porta a uma possível negociação", enquanto Washington mantém o diálogo aberto. Comentadores consideram que a reunião serviu essencialmente os interesses russos e que os EUA foram "terrivelmente oportunistas" num "momento de particular fragilidade para Zelensky". Horas antes do encontro, Putin proferiu ameaças à Europa, afirmando que, embora não queira uma guerra, a Rússia está pronta para lutar "agora mesmo" se for esse o desejo europeu, acusando os líderes europeus de não terem uma "agenda de paz".