Numa entrevista, o ex-governante terá mencionado uma estadia de "duas semanas", o que alertou os procuradores para uma potencial violação das medidas de coação e para a possibilidade de estar a "subtrair-se definitivamente ao alcance da justiça nacional".
Em resposta, José Sócrates considerou as suspeitas "maldosas" e "completamente falsas", garantindo que fez duas viagens a Abu Dhabi, mas que nenhuma excedeu o limite de cinco dias.
O antigo primeiro-ministro apresentou uma queixa contra os procuradores, classificando a situação como mais uma "manobra" do Ministério Público.
Caso se confirmem as irregularidades, o MP poderá solicitar medidas mais restritivas, como a retirada do passaporte e a obrigação de apresentações periódicas às autoridades.
O advogado Carlos Melo Alves considerou que uma fuga "seria um disparate incompreensível", argumentando que "estas coisas fazem-se pela calada".














