Durante o debate quinzenal no parlamento, o primeiro-ministro Luís Montenegro defendeu que a greve "não faz sentido" e tem "motivações políticas", argumentando que a reforma laboral não retira direitos e deve ser feita num momento de estabilidade. "Não é quando estamos à rasca que nós devemos andar a improvisar reformas", afirmou.
Em resposta, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou Montenegro de "lançar a cenoura depois de uma machadada que se dá sobre os trabalhadores", referindo-se à promessa de um salário mínimo de 1500 euros como uma "manobra de diversão". A CGTP, através do seu secretário-geral Tiago Oliveira, afirmou que o primeiro-ministro "continua a viver numa bolha", enquanto Francisco Louçã, antigo coordenador do Bloco de Esquerda, classificou a reforma como um "lamaçal de destruição social”.
A adesão à greve tem vindo a alargar-se, com o Sindicato dos Pilotos a justificar a sua participação pela "rejeição total de uma reforma que, sob a capa da ‘modernização’, promove a precariedade". Os sindicatos bancários da UGT anunciaram também que irão acionar um fundo de greve para compensar os sócios que adiram à paralisação.














