A decisão surge na sequência do golpe de Estado ocorrido a 26 de novembro e reflete a "profunda preocupação" dos Estados-membros com a situação política e institucional no país.

A recomendação será agora submetida aos chefes de Estado da CPLP, a quem compete a decisão final sobre o afastamento temporário da nação africana, que atualmente detém a presidência rotativa da organização.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, classificou a situação na Guiné-Bissau como "muito delicada", afirmando que Portugal está a acompanhar os acontecimentos com "grande preocupação" e em contacto com parceiros internacionais.

Montenegro defendeu que a CPLP deve atuar para salvaguardar o "funcionamento regular" dos seus Estados-membros.

A crise política na Guiné-Bissau tem sido marcada por instabilidade crónica, com relatos de "golpes e contragolpes; procuradores, juízes e opositores assassinados; órgãos de soberania dissolvidos a bel-prazer por presidentes dementes; jornalistas perseguidos", conforme descrito num dos artigos.

A proposta de suspensão representa uma tomada de posição firme da comunidade lusófona perante a rutura da ordem constitucional no país.