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Crise no Internato Médico: Vagas por Preencher Revelam Incapacidade do SNS em Reter Talentos

O concurso de acesso à formação médica especializada de 2025 resultou em 469 vagas por preencher, o que representa cerca de 20% do total e desencadeou alertas de várias entidades sobre a crescente incapacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em atrair e reter médicos.
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O concurso de acesso à formação especializada de 2025 deixou 469 vagas de internato médico por preencher, de um total de 2.331 disponíveis, o que corresponde a cerca de 20%.

Este número, considerado pelo Partido Socialista (PS) como o "pior resultado dos últimos anos", gerou preocupação quanto à sustentabilidade da resposta assistencial do SNS e motivou um pedido de audição parlamentar à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e a outras entidades do setor. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e a Ordem dos Médicos alertaram que esta situação confirma uma tendência crescente da perda de capacidade do SNS para atrair e fixar profissionais, mesmo em início de carreira.

Segundo a FNAM, as especialidades mais afetadas são a Medicina Geral e Familiar, com a maioria das vagas desertas a localizar-se em Lisboa e Vale do Tejo, e a Medicina Interna, que viu apenas 50% das suas vagas ocupadas.

A Ordem dos Médicos classificou o cenário como uma "crise estrutural" em especialidades essenciais.

Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, lamentou que o Governo não crie condições para que os médicos permaneçam no SNS, levando a que muitos optem pelo setor privado, prestação de serviços ou emigração. A FNAM propõe a reintegração do internato médico na carreira, argumentando que os atuais anos de formação não são contabilizados, e já solicitou à tutela a revisão urgente do regulamento. Em reação, o PS requereu audições com a ministra da Saúde, a ACSS, a DE-SNS, a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional do Internato Médico para apurar as razões deste fenómeno. Por sua vez, a Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS), que este ano organizou o processo através de uma nova plataforma informática, considerou um "sinal positivo" o facto de terem entrado mais três médicos no concurso do que no ano anterior, apesar das vagas sobrantes.

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