Guerra Aberta pelo Código do Trabalho: Greve Geral Une Sindicatos Contra Governo e Patrões



A intenção do Governo de proceder a uma revisão do Código do Trabalho, através da proposta “Trabalho XXI”, motivou a convocação de uma greve geral conjunta pelas duas principais centrais sindicais, CGTP e UGT, agendada para 11 de dezembro.
Esta paralisação, a primeira a unir as duas estruturas em 12 anos, surge como resposta a um anteprojeto que os sindicatos consideram ser um “assalto aos direitos dos trabalhadores”, que “normaliza a precariedade”, facilita os despedimentos e ataca a contratação coletiva.
Apesar de as negociações na concertação social ainda estarem a decorrer, as centrais sindicais acusam o Executivo de não abdicar das “traves mestras” da proposta, que, na sua ótica, apenas interessam aos patrões.
A CGTP exige a retirada total do pacote laboral e critica o que considera ser uma “falta de respeito por quem trabalha” por parte do primeiro-ministro, que acusou a greve de servir interesses do PCP e do PS. Do lado do Governo, a greve é considerada “extemporânea” e “incompreensível”.
Tanto o primeiro-ministro como a ministra do Trabalho defendem que a paralisação não se justifica, uma vez que o processo negocial está em curso e o documento é ainda um anteprojeto. A ministra Maria do Rosário Palma Ramalho adiantou que a reforma laboral só será discutida na Assembleia da República após a votação do Orçamento do Estado para 2026.
As confederações patronais, na sua maioria, criticam a decisão dos sindicatos.
Entidades como a CIP, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e associações setoriais como a AFIA e a AIMMAP consideram a greve “desproporcionada”, alertando para o impacto negativo na economia e na confiança dos investidores.
Argumentam que não é razoável paralisar o país com as negociações em andamento.
No entanto, a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) manifestou compreensão pela paralisação, acusando o Governo de falta de diálogo e de favorecer os grandes grupos económicos. A greve ocorre num contexto económico de crescimento e baixo desemprego, contrastando com o cenário de recessão das últimas greves gerais realizadas entre 2011 e 2013.
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