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Crise no Quartel do Fundão: Demissão, Detenções e um Novo Comando Após Escândalo Sexual

A demissão do comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, na sequência de um escândalo de violação e coação sexual no quartel, abalou a corporação e levou à nomeação de um comando interino para gerir a crise.
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O comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, José Sousa, apresentou a sua demissão na sexta-feira, após a detenção de 11 elementos da corporação pela Polícia Judiciária.

Os bombeiros são suspeitos de dois crimes de violação e um de coação sexual contra um colega de 19 anos, num ato ocorrido durante uma praxe.

Numa mensagem dirigida ao quadro ativo, José Sousa justificou a decisão com "sentido de responsabilidade" e respeito pela instituição, afirmando que esta "nada fez para merecer carregar este peso nos ombros".

Após serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial a 25 de novembro, os 11 bombeiros suspeitos saíram em liberdade, mas sujeitos a medidas de coação. O Tribunal do Fundão proibiu-os de contactar a vítima, de se aproximarem a menos de 500 metros da sua residência ou local de trabalho, e de comunicarem com os restantes arguidos e testemunhas. Oito dos suspeitos foram ainda impedidos de frequentar o quartel e três ficaram obrigados a apresentações semanais às autoridades.

Segundo o tribunal, seis bombeiros estão indiciados por dois crimes de violação e um de coação sexual, três por um crime de violação e um de coação sexual, e dois por um crime de violação.

Nenhum dos arguidos prestou declarações.

Na sua comunicação de demissão, José Sousa afirmou que a sua prioridade, assim que soube do sucedido, foi "a defesa, o apoio e a proteção da vítima e da sua família", garantindo nunca ter tido conhecimento prévio de comportamentos semelhantes. No entanto, uma notícia do jornal Correio da Manhã refere que um dos envolvidos já teria violado um colega há 16 anos, um caso do qual José Sousa, então adjunto do comando, teria conhecimento.

O comandante demissionário assegurou ainda ter determinado de imediato a abertura de um processo disciplinar interno.

Na sequência da demissão, a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão indigitou o até então segundo comandante, Pedro Caldinho, para assumir interinamente o comando.

Caldinho, de 41 anos, é licenciado em Engenharia de Proteção Civil e é bombeiro desde 1998, tendo ingressado na corporação do Fundão em 2007.

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