Vigilância, Ataque e Tensão: Como os Drones Redefinem a Segurança Europeia



A proliferação de drones, impulsionada pelo conflito na Ucrânia, está a gerar uma nova vaga de incidentes de segurança por toda a Europa, desde ataques militares de precisão a violações de espaço aéreo sobre infraestruturas críticas. A utilização de veículos aéreos não tripulados (drones) tornou-se um elemento central na guerra da Ucrânia e uma fonte crescente de tensão e insegurança em toda a Europa. A Ucrânia tem vindo a intensificar os seus ataques de precisão em território ocupado pela Rússia, como demonstra a recente operação da unidade especial 'Fantasmas' na Crimeia.
Nas últimas duas semanas, esta unidade destruiu oito alvos estratégicos, incluindo um caça-bombardeiro Su-24, sistemas de radar e infraestruturas logísticas, numa campanha de 'desmilitarização sistemática' da península. Paralelamente, a ameaça dos drones estende-se muito para além da frente de batalha, gerando alertas de segurança em vários países europeus. Na Irlanda, as autoridades investigam a presença de vários drones de uso militar na zona de exclusão aérea estabelecida para a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Em França, a Marinha abriu fogo contra cinco drones que sobrevoaram a base de submarinos nucleares de Île Longue, um pilar da dissuasão nuclear do país. Estes episódios inserem-se num contexto mais vasto de incursões sobre instalações militares e civis em países da NATO.
A instabilidade transborda também para países vizinhos como a Moldávia, que tem sofrido repetidas violações do seu espaço aéreo por drones russos do modelo Gerbera.
Num incidente insólito, um cidadão local levou para casa um destes aparelhos, julgando tratar-se de um brinquedo, o que ilustra os riscos para a população civil.
As violações levaram o país a encerrar temporariamente o seu espaço aéreo.
No mar Negro, o uso de drones navais escalou as tensões a nível diplomático.
A Turquia convocou os embaixadores da Ucrânia e da Rússia após ataques ucranianos a petroleiros na sua zona económica exclusiva.
Ancara manifestou a sua preocupação, afirmando não querer que a região se transforme num 'campo de batalha', o que evidencia o impacto do conflito nas rotas marítimas e na segurança regional.
















