Barreira Linguística na Amadora: Freguesia Exige Tradutor para Atendimento a Imigrantes



O presidente da Junta de Freguesia da Venteira, na Amadora, João Pica, implementou uma nova política segundo a qual todos os serviços da junta são prestados apenas em português.
A medida, uma das primeiras a ser adotada pelo autarca que assumiu funções há um mês, afeta diretamente a grande comunidade de imigrantes da região, maioritariamente oriunda do subcontinente indiano, incluindo países como Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.
Anteriormente, os atendimentos eram realizados em inglês, mas João Pica justificou a alteração com as dificuldades de comunicação. Segundo o presidente da junta, o nível de inglês dos imigrantes é “muito rudimentar”, resultando em falhas de entendimento mútuo entre estes e os funcionários.
Pica relatou ter presenciado situações em que, no final do atendimento, nenhuma das partes tinha compreendido a outra, o que levou a queixas por parte de imigrantes que alegaram ter recebido informações erradas.
O objetivo é, assim, evitar erros de interpretação e proteger os funcionários de responsabilidades decorrentes de falhas na comunicação.
Com a nova regra, os imigrantes que não falam português devem fazer-se acompanhar por alguém que possa traduzir, não sendo exigido que seja um tradutor oficial. De acordo com João Pica, que nega qualquer intenção discriminatória, a medida está “a correr bem”, apesar de alguns “constrangimentos” iniciais com pessoas que desconheciam a nova exigência.











