Terramoto de 1755: A Memória que Alerta para a Insuficiente Preparação de Portugal



No âmbito dos 270 anos do terramoto de 1 de novembro de 1755, diversas iniciativas procuram manter viva a memória da catástrofe e, simultaneamente, alertar para a necessidade de preparação. O movimento nacional “Recordar 1755”, promovido pelo Quake – Museu do Terramoto, iluminou de roxo vários monumentos em cidades como Lisboa, Leiria, Setúbal, Lagos e Ponta Delgada.
A ação simbólica, que incluiu o toque de sirenes em quartéis de Lisboa, visa homenagear as vítimas e sublinhar a importância da consciencialização sobre os riscos sísmicos atuais. Especialistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) advertem que, apesar de a perigosidade de um tsunami ser considerada baixa no Atlântico em comparação com o Pacífico, o risco para Portugal não deve ser subestimado. Rachid Omira, investigador do IPMA, esclarece que embora um sismo com a magnitude de 1755 possa demorar mais de mil anos a repetir-se, existem várias falhas tectónicas ativas que podem gerar eventos significativos a qualquer momento. O Centro de Alerta de Tsunamis de Portugal, em funcionamento desde 2017, monitoriza diariamente a atividade sísmica e está a implementar novas tecnologias, como um cabo submarino com sensores para detetar tsunamis antes de chegarem à costa.
Apesar dos avanços tecnológicos na monitorização, subsiste uma grande vulnerabilidade a nível social e económico.
Um artigo de opinião destaca que Portugal apresenta uma lacuna de proteção de 81% no que toca ao seguro contra sismos, o que significa que a grande maioria das habitações não está coberta. Para mitigar esta fragilidade, é defendida a criação de um Sistema Nacional de Proteção de Riscos Catastróficos, um pacto de responsabilidade partilhada entre o Estado, as seguradoras e os cidadãos, à semelhança de modelos existentes noutros países. A proposta sugere tornar a cobertura de sismos obrigatória para quem possui um seguro multirriscos habitação, medida que poderia reduzir a lacuna para 47%. A mensagem central das comemorações é que recordar o passado deve servir para agir no presente e garantir um futuro mais resiliente.
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Os doentes urgentes estão a esperar quase 20 horas para serem atendidos na urgência do Hospital Amadora-Sintra. Demora deve-se à falta de alguns médicos e aos atendimentos emergentes.

"A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por pausas de 10 a 20 segundos na respiração, durante o sono, mais do que 30 vezes por hora. Pode levar a sonolência diurna, fadiga crónica e problemas de memória". O que há a saber? A Direção-Geral da Saúde esclarece.

O conselho de Veteranos, grupo de alunos que tutela a praxe na instituição de ensino, já publicou um comunicado nas redes sociais. O aluno em causa está agora impedido de praxar por tempo indeterminado.

A atividade em causa foi gravada em vídeo e originou reações de indignação.




