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Crise ou Otimismo no SNS? Vagas por Preencher Dividem Governo e Médicos

Cerca de 20% das vagas para a formação médica especializada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficaram por preencher, gerando interpretações distintas entre o Governo, que aponta sinais positivos, e as organizações médicas, que alertam para uma crise estrutural.
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O concurso de acesso à formação especializada médica de 2025, que disponibilizou 2.331 vagas para 2.375 candidatos, resultou em cerca de 20% de lugares por preencher no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os novos médicos iniciarão a sua formação a 1 de janeiro de 2026. Este resultado gerou leituras opostas por parte da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e das organizações representativas dos médicos. A Ordem dos Médicos (OM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) consideram os dados um sinal de uma “crise estrutural” e da crescente incapacidade do SNS para atrair e reter profissionais.

As especialidades essenciais foram as mais afetadas: Medicina Geral e Familiar ficou com 229 vagas por ocupar (um terço do total), Medicina Interna teve apenas 52% de ocupação, Medicina Intensiva viu 15 das suas 74 vagas ficarem vazias e Saúde Pública não preencheu 23 dos 60 lugares. As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Norte foram as mais prejudicadas.

Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, alertou que 20% dos candidatos optaram por sair do SNS para o setor privado ou para o estrangeiro.

Em contrapartida, a ACSS, que tutela o processo, vê “sinais positivos sólidos”, apesar de a taxa de ocupação global ter descido de 86% em 2024 para 80% em 2025. O organismo salienta que foram colocados mais três médicos do que no ano anterior (1.854 contra 1.851), que 33 especialidades atingiram 100% de ocupação e que 21 áreas viram o número de colocados aumentar, o que considera ser um “aumento real da capacidade formativa”.

Face a esta situação, tanto a OM como a FNAM exigem medidas urgentes.

A FNAM propõe a integração dos anos de internato na carreira médica, argumentando que atualmente este período de formação não conta para a progressão profissional.

Já Carlos Cortes, bastonário da OM, questiona o Ministério da Saúde por ainda não ter implementado as propostas para melhorar as condições de trabalho e remuneração.

O processo de escolha de vagas deste ano decorreu através de uma nova plataforma informática, descrita pela ACSS como um passo importante na modernização do procedimento.

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