Apesar da redução de 6,6% no número de mortes, os restantes indicadores de sinistralidade agravaram-se. A GNR contabilizou mais 1.131 acidentes, 14 feridos graves adicionais e mais 177 feridos ligeiros. Os distritos do Porto, Aveiro, Lisboa e Braga continuam a ser os que registam maior número de ocorrências. As colisões mantêm-se como o tipo de acidente mais frequente, com 28.767 casos, embora os despistes também tenham aumentado. Uma nota positiva surge nos atropelamentos de peões, que diminuíram 3,6%, com uma redução significativa de 62,5% no número de vítimas mortais (menos 15 mortes). A análise por tipo de via mostra que a maioria dos acidentes ocorre em arruamentos urbanos, seguidos das estradas nacionais e, por fim, das autoestradas, com um aumento generalizado em todas as categorias. Paralelamente, a GNR intensificou a fiscalização, o que se refletiu num aumento expressivo dos crimes rodoviários detetados. Os crimes por condução sob o efeito do álcool subiram 25,9% e os de condução sem habilitação legal aumentaram 38,9%. O número total de contraordenações cresceu 41,9%, num contexto em que foram fiscalizados mais 137 mil condutores. Estes números sugerem que, embora possa haver uma ligeira melhoria na gravidade de alguns acidentes, a frequência dos mesmos e os comportamentos de risco continuam a ser uma preocupação central.
