O acidente, que envolveu duas famílias de emigrantes que regressavam de férias, adensa o historial trágico desta via e expõe o drama humano da sinistralidade rodoviária durante o período de regresso da diáspora. O violento acidente ocorreu na manhã de domingo, 3 de agosto, quando dois veículos ligeiros colidiram frontalmente na zona de Cabecinha de Rei. Num dos veículos, com matrícula francesa, viajava um casal de emigrantes, um homem de 61 anos e uma mulher de 59, ambos naturais da região de Tondela, que tiveram morte imediata. A segunda viatura, com matrícula suíça, transportava uma família de emigrantes residente na Suíça.
O condutor, um homem de 43 anos, sofreu ferimentos graves e foi transportado para o Hospital de Viseu, onde viria a falecer, tornando-se a terceira vítima mortal do sinistro. No mesmo carro seguiam a sua esposa, de 42 anos, e os dois filhos do casal, de 12 e 14 anos, que sofreram apenas ferimentos ligeiros.
As operações de socorro mobilizaram 28 operacionais e oito viaturas, e o trânsito no IP3 esteve cortado em ambos os sentidos durante várias horas, causando longas filas. Este acidente volta a colocar em evidência a perigosidade do IP3, uma via há muito conhecida pela sua elevada sinistralidade, e realça a vulnerabilidade das famílias emigrantes que percorrem longas distâncias nas estradas portuguesas durante as suas férias de verão.