O projeto, internamente conhecido como "Kittyhawk", marca uma viragem na filosofia da Amazon, que historicamente privilegiou ecossistemas fechados.
Desde 2011, os tablets Fire utilizam o Fire OS, uma versão profundamente modificada do Android ("forked Android") que obriga os programadores a criar versões específicas das suas aplicações para a loja da Amazon, resultando numa oferta mais limitada. A mudança para um Android de código aberto num novo tablet, previsto para 2026, visa competir diretamente com os líderes de mercado como o iPad da Apple e os Galaxy Tab da Samsung. Segundo fontes citadas pela Reuters, este novo dispositivo será posicionado numa gama mais elevada, com um preço a rondar os 400 dólares, quase o dobro do atual modelo de topo da Amazon.
Esta estratégia aborda a principal queixa dos utilizadores — a falta de acesso à Google Play Store e às suas aplicações — e poderá atrair um segmento de consumidores que procura uma experiência Android mais completa. Embora o projeto ainda possa ser alterado, a iniciativa reflete um reconhecimento por parte da Amazon de que o seu modelo de negócio, focado na venda de conteúdos, pode beneficiar de um hardware mais competitivo e de um software mais aberto.













