O cenário da cibersegurança em Portugal agravou-se em 2024, com um aumento de 36% no número de incidentes registados, totalizando 2.758 ocorrências. Os dados, divulgados no relatório "Cibersegurança Riscos & Conflitos" do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), pintam um quadro preocupante, onde o phishing e a engenharia social continuam a ser as principais ameaças. O relatório, que agrega informações da Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática Nacional (CERT.PT), revela que cerca de 78% dos incidentes ocorreram em entidades privadas, um valor semelhante ao do ano anterior. O tipo de incidente mais registado foi novamente o 'phishing/smishing', com um aumento de 13%.
No entanto, a engenharia social foi a tipologia que registou o maior crescimento, tornando-se a segunda mais frequente.
Os subtipos mais comuns de engenharia social incluíram o 'vishing' (chamadas fraudulentas), a 'CEO Fraud', o falso recrutamento e as burlas 'Olá, Pai... Olá, Mãe'.
As marcas mais simuladas em ataques de phishing pertencem ao setor da banca. O documento destaca ainda o impacto de ataques de 'ransomware', indisponibilidades de serviço e grandes fugas de credenciais em entidades da Administração Pública e operadores de serviços essenciais. Como tendências futuras, o CNCS aponta para um aumento de ataques a infraestruturas na nuvem, a exploração de vulnerabilidades, a ameaça de 'infostealers' e o uso crescente de ferramentas de IA generativa para fins maliciosos.
Em resumoO aumento significativo de ciberataques em Portugal em 2024, conforme detalhado pelo CNCS, sublinha a crescente sofisticação das ameaças digitais. Com o phishing e a engenharia social a dominarem, a necessidade de maior sensibilização e de medidas de segurança robustas, tanto para cidadãos como para organizações, torna-se cada vez mais premente para garantir a resiliência do ciberespaço nacional.