Esta aposta vai além do design e visa criar um ecossistema de hardware e software profundamente integrado com IA. Com uma nova avaliação de 1,3 mil milhões de dólares, a Nothing está a preparar-se para uma nova fase de crescimento, que transcende a sua identidade atual, focada em design transparente e numa experiência de Android otimizada. A visão de Carl Pei para o futuro da marca centra-se na criação de um ecossistema de dispositivos onde a inteligência artificial não é apenas uma funcionalidade adicional, mas o núcleo da experiência do utilizador. O objetivo é desenvolver um smartphone, previsto para 2026, que seja "nativo de IA", sugerindo uma integração muito mais profunda entre hardware e software do que a que se observa atualmente no mercado. Esta mudança estratégica implica que a empresa poderá estar a desenvolver um sistema operativo próprio ou uma versão do Android profundamente modificada, onde assistentes de IA e serviços integrados desempenham um papel central e proativo na interação com o utilizador.

Este pivô posiciona a Nothing para competir naquilo que muitos analistas consideram ser a próxima grande vaga da computação pessoal, onde a inteligência artificial se tornará a principal interface entre o utilizador e a tecnologia.

A aposta é arriscada, mas alinha a empresa com as tendências futuras do setor, afastando-a da concorrência direta baseada apenas em especificações de hardware e design.