Num vídeo publicado na sua conta oficial, Mosseri classificou a prática como "uma violação grave de privacidade", embora tenha reconhecido que será difícil convencer todos os utilizadores, incluindo pessoas próximas como a sua própria esposa.
Mosseri procurou desmistificar a perceção de que o telemóvel está "a ouvir", explicando que a aparente coincidência entre conversas e anúncios resulta de outros fatores.
Segundo o CEO, a publicidade é direcionada com base em dados legítimos, como pesquisas anteriores, interesses de contas seguidas e padrões de comportamento online. Apontou ainda para fatores psicológicos, sugerindo que os utilizadores podem ter sido expostos a um anúncio de forma subliminar antes de falarem sobre o tema, o que cria uma falsa sensação de causa e efeito.
"Nós fazemos 'scroll' rapidamente, passamos muito rápido pelos anúncios e por vezes internalizamos um pouco disso, o que acaba por impactar o que falamos posteriormente", notou Mosseri.
Esta negação surge num momento em que a Meta, empresa-mãe do Instagram, anunciou uma nova política que permitirá usar as interações dos utilizadores com os seus chatbots de inteligência artificial para personalizar anúncios.
Embora se trate de uma forma diferente de análise de conversas, a nova medida levanta novas questões sobre a fronteira entre a privacidade do utilizador e a segmentação publicitária, tornando o debate sobre a recolha de dados ainda mais complexo e relevante.














