A polémica intensificou-se após a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, ter confirmado à Fox News que a decisão das gigantes tecnológicas se deveu, de facto, a um pedido do governo.

"Entrámos em contacto com a Apple a exigir que removessem a ICEBlock da App Store - e a Apple fê-lo", afirmou Bondi, justificando que a aplicação foi criada para "colocar os agentes em risco por apenas fazerem o seu trabalho". A Apple, num comunicado oficial, corroborou esta visão, afirmando que a remoção se baseou em "informações que recebemos das autoridades sobre os riscos de segurança associados à ICEBlock". A empresa acrescentou que a decisão espelha ações semelhantes tomadas no passado em relação a aplicações criadas para assinalar a presença de autoridades. Os criadores da ICEBlock, no entanto, negaram as acusações, partilhando na rede social Bluesky a comunicação da Apple que informava sobre a remoção por "conteúdo questionável" e afirmando que a alegação de que a app colocava agentes em risco era "comprovadamente falsa".

A decisão de ambas as plataformas gerou um debate sobre o equilíbrio entre a liberdade de expressão, a segurança das autoridades e o poder das empresas tecnológicas perante a pressão governamental.