A mudança, implementada com a atualização 15.5 da aplicação, torna o Android 9 (Pie) o novo requisito mínimo para utilizar o serviço, afetando milhões de smartphones mais antigos. A decisão, que já tinha sido anunciada em 2024, foi agora aplicada de forma definitiva, com a listagem oficial da Play Store a especificar o novo requisito. Embora os telemóveis que já tinham o serviço instalado possam continuar a funcionar temporariamente, deixarão de receber atualizações de funcionalidades ou de segurança.

Eventualmente, a ligação entre os servidores da Google e estes dispositivos será bloqueada, encerrando o acesso por completo.

A justificação para esta medida é essencialmente técnica: o Android Auto depende de APIs e componentes de sistema, como o motor gráfico e sistemas de encriptação, que deixaram de ser compatíveis com gerações mais antigas do Android.

Manter o suporte implicaria, segundo a Google, comprometer o desempenho e a estabilidade das versões mais recentes.

Embora o impacto prático seja limitado a uma pequena percentagem do mercado global (menos de 4% em abril de 2025), a medida afeta modelos ainda funcionais lançados entre 2018 e 2019, como o Samsung Galaxy S7 ou o Huawei P10.

Esta decisão reacende o debate sobre a obsolescência programada e a dificuldade de prolongar a vida útil dos dispositivos, forçando os utilizadores a modernizar o hardware para manter o acesso a serviços essenciais.