Desenvolvido em colaboração com a Google e a Qualcomm, o dispositivo posiciona-se como uma alternativa mais acessível ao Apple Vision Pro, integrando inteligência artificial multimodal. O lançamento do Galaxy XR representa um movimento estratégico da Samsung para competir diretamente com o Vision Pro da Apple, apostando num preço mais competitivo de 1.560 euros (1.800 dólares) e num design mais leve, com 545 gramas.

O dispositivo é fruto de uma colaboração tripartida: a Samsung encarregou-se do hardware, a Qualcomm forneceu o processador Snapdragon XR2+ Gen 2 e a Google desenvolveu o sistema operativo dedicado, o Android XR.

Esta plataforma é o pilar do ecossistema, que promete ser aberto e escalável, integrando nativamente o assistente de IA Gemini da Google.

A interação com o Gemini é multimodal, combinando voz, visão e gestos para gerir tarefas e conteúdos de forma contextual.

O hardware inclui dois ecrãs micro-OLED 4K com uma taxa de atualização de 90 Hz e uma bateria externa que oferece uma autonomia de até 2,5 horas. Um dos maiores trunfos do Galaxy XR, que o distingue da concorrência, é a promessa de que "quase todas as aplicações Android serão disponibilizadas automaticamente", permitindo aos utilizadores aceder a um vasto ecossistema de aplicações existentes, como YouTube, Google Maps em 3D e Netflix, sem necessidade de adaptação por parte dos programadores. Para incentivar a adoção, a Samsung oferece um "Explorer Pack" que inclui subscrições de serviços como Google AI Pro e YouTube Premium. A visão a longo prazo inclui a expansão do ecossistema para outros formatos, como óculos inteligentes, que já estão a ser desenvolvidos em parceria com marcas como a Warby Parker e a Gentle Monster.