A Google apresentou o seu novo smartphone topo de gama, o Pixel 10, mantendo o preço de 919 euros do seu antecessor e focando-se em melhorias práticas de inteligência artificial e na introdução de novas tecnologias de carregamento. O dispositivo, que já vem com o Android 16, promete sete anos de atualizações de sistema. O Pixel 10 posiciona-se como uma proposta equilibrada, que não procura impressionar com especificações técnicas de ponta, mas sim com uma experiência de utilização fluida e inteligente. A principal novidade de hardware é a adoção do padrão de carregamento sem fios Qi2 a 15 W, que integra ímanes para um encaixe mais fácil e seguro nas bases de carregamento, semelhante ao MagSafe da Apple. Outra estreia importante é a inclusão de uma câmara teleobjetiva de 10,8 MP, uma característica até agora reservada aos modelos Pro.
No entanto, a vertente fotográfica sofreu um aparente 'downgrade', com a Google a optar por usar os sensores grande-angular (48 MP) e ultra grande-angular (13 MP) do modelo de gama média Pixel 9a, o que o afasta do pódio dos melhores smartphones para fotografia. A autonomia da bateria de 4970 mAh é descrita como "razoável", suficiente para um dia de uso não intensivo, com suporte para carregamento rápido de 30 W. O ecrã OLED de 6,3 polegadas e 120 Hz tem um brilho de pico de 3000 nits, considerado apenas "suficiente" para uso exterior.
O grande destaque do Pixel 10 é a integração da inteligência artificial, com o novo assistente Magic Cue a compreender o contexto do utilizador para sugerir ações úteis, como criar eventos ou abrir mapas.
A Google admitiu, contudo, a existência de problemas com a GPU do novo processador Tensor G5, estando já a trabalhar numa solução.
Em resumoO Google Pixel 10 afirma-se como um smartphone focado na experiência de software e na inteligência artificial, introduzindo melhorias como o carregamento Qi2 e uma câmara teleobjetiva. Apesar de um compromisso na qualidade dos sensores fotográficos principais e de problemas admitidos na GPU, o seu preço competitivo e a promessa de sete anos de atualizações mantêm-no como uma das opções Android mais relevantes.