O panorama da cibersegurança em Portugal enfrenta uma ameaça crescente com os "infostealers", responsáveis por cerca de 80% do código malicioso detetado pelo CERT.PT em 2025. Em simultâneo, um estudo da YouGov em parceria com a Google sugere que os utilizadores de Android se sentem mais protegidos e reportam menos mensagens fraudulentas do que os utilizadores de iPhone. O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) emitiu um alerta sobre a proliferação de 'infostealers', uma categoria de software malicioso concebido para recolher dados confidenciais de dispositivos, como credenciais de acesso, dados guardados em navegadores, emails e documentos. Esta ameaça representa um risco elevado, pois reduz o custo de intrusão para os atacantes e contorna práticas de segurança comuns, como o uso de palavras-passe robustas. A disseminação ocorre através de canais como phishing, publicidade maliciosa e software gratuito. O CNCS recomenda medidas como a navegação anónima e a remoção periódica de cookies.
No meio deste cenário de ameaças, surge um debate sobre a segurança dos sistemas operativos móveis.
Um estudo da YouGov, encomendado pela Google, revelou que os utilizadores de Android reportaram 58% mais probabilidade de não terem recebido mensagens fraudulentas na semana anterior ao inquérito, em comparação com os utilizadores de iPhone. Adicionalmente, os utilizadores de iOS mostraram uma probabilidade 65% maior de terem recebido três ou mais mensagens fraudulentas no mesmo período. O estudo indica ainda que os utilizadores de Android têm uma probabilidade 20% maior de descrever as proteções contra fraudes dos seus telemóveis como "muito eficazes".
A Google atribui estes resultados às suas defesas multicamadas, que analisam aplicações, websites e mensagens para detetar comportamentos maliciosos.
Em resumoEnquanto Portugal enfrenta uma vaga de ciberataques dominada por 'infostealers' que visam o roubo de dados, novos estudos indicam que o ecossistema Android poderá estar a oferecer uma proteção mais eficaz contra burlas e fraudes do que o seu principal concorrente, o iOS da Apple, desafiando a perceção comum de segurança.